Penitência Quaresmal

Penitência Quaresmal

A Quaresma se aproxima. Mais uma entre tantas que já vivemos. Junto a ela vem também a expectativa (ou não, para os mais pessimistas) de que desta vez faremos melhor do que as outras vezes, com mais constância, mais devoção e com frutos mais duradouros. Seja qual for nossas disposições atuais, é tempo de se instruir sobre a importância da penitência Quaresmal, pois dela depende o nosso progresso na virtude da Penitência. E como ser santo, como se conformar com Nosso Senhor, sem essa virtude se ele nos diz: “Quem quiser vir após mim, tome sua cruz e siga-me”? Não há cristão sem Cristo e Cristo é inseparável da Cruz, por isso não há cristão sem Cruz.

A penitência é, por isso, conatural à nossa religião, e foi assim desde o princípio.  Quando interrogado sobre o motivo dos seus discípulos não jejuarem, Nosso Senhor respondeu que uma vez que ele tivesse partido, os discípulos jejuariam. Ele mesmo já havia dado o exemplo do Jejum de quarenta dias no deserto e de inúmeras noites passadas em vigília. E de fato, os documentos mais antigos que nos deixou a antiguidade cristã, já falam da prática da penitência.

Foi nos primeiros séculos, que na Igreja Romana a Quaresma tomou sua forma atual de quarenta dias e até há poucas décadas era de preceito que os católicos jejuassem durante todos esses dias, exceto o Domingo. Hoje a Igreja só nos obriga a jejuar no primeiro e último dia da Quaresma (Quarta-feira de Cinzas e Sexta-Feira Santa).

A prática de alguma penitência não deixou de ser importantíssima durante todos esses dias, porque continua sendo necessário para nós adquirir a virtude da penitência, e uma virtude só se adquire por repetição de atos. Ora, se fizermos somente o que é estritamente obrigatório, certamente não teremos adquirido essa virtude passados os quarenta dias.

Cabe a nós escolher bem e perseverarmos na nossa escolha. E para tanto, me parece que a penitência deve ter três características:

Simplicidade: Ser algo extremamente concreto, que possamos fazer todos os dias.

Humilde: As grandes penitências deixemos aos grandes santos. Tenhamos preferência pelas pequenas que além de nos mortificar, não nos fazem crescer no orgulho.

Caridosa: Não deve ser incômoda ao próximo, antes se ela puder ajudá-lo será ainda melhor.

Que a exemplo dos santos, nossos companheiros no seguimento de Cristo, e de Maria Santíssima, a toda entregue à vontade de Deus, possamos aproveitar este tempo de Graça e tomarmos o firme propósito de seguir os passos da Santa quaresma, pelo jejum, a oração e a penitência com os olhos fixos no Senhor, que quer nos fazer participantes da sua vida divina!
Pe. José Zucchi

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